Monumento ao Carnaval de Torres Vedras recorda a história do evento Promotorres EM

Monumento ao Carnaval de Torres Vedras recorda a história do evento

Torres Vedras já respira Carnaval!     

                  

Ao início da noite de dia 28 de janeiro, foi inaugurado o Monumento deste ano ao Carnaval de Torres Vedras, na Praça da República.

Apesar do frio que se sentia, centenas de pessoas acorreram ao centro de Torres Vedras para presenciar esse ato, no qual marcaram presença todas as associações carnavalescas torrienses, o grupo musical OSGA, o grupo de percussão Ribombar, os tradicionais Cabeçudos e grupos de mascarados. De referir que toda esse “ecossistema carnavalesco” realizara anteriormente um desfile que tivera início na praça do Mercado Municipal e terminara na Praça da República.

O ato de inauguração do Monumento deste ano ao Carnaval de Torres Vedras teve início com a projeção de um vídeo humorístico protagonizado por uma personagem interpretada por Francisco Malhado, a mesma que foi introduzindo intervenções realizadas presencialmente por Bruno Melo (proprietário da Gate7, empresa que produziu o Monumento que estava a ser inaugurado), Alfredo Reis (chanceler da Real Confraria do Carnaval de Torres), Adriano Sardinha (responsável da OSGA, grupo que interpretou um tema típico do Carnaval de Torres Vedras de autoria do mesmo), Rui Penetra (presidente da empresa municipal Promotorres, que é responsável pela produção do Carnaval de Torres Vedras) e Laura Rodrigues (presidente da Câmara Municipal, entidade que organiza o Carnaval de Torres Vedras). Na sua alocução, Laura Rodrigues lembrou que a edição deste ano do Carnaval de Torres Vedras marca o início das comemorações do centenário deste evento, tendo aproveitado para elogiar todos aqueles que ao longo dos últimos 100 anos contribuíram para a construção do mesmo.

E o tema do Carnaval de Torres Vedras em 2023 é, como já anteriormente anunciado, precisamente, o seu centenário, tema que, de resto, é central no Monumento deste ano a esse evento.  

Visível logo no seu quadro central, em que surgem Álvaro André de Brito e Jaime Alves, primeiros Rei e Rainha do Carnaval de Torres Vedras, respetivamente. A figura central desse quadro é a criada (ou sopeira), uma figura relacionada com as famílias burguesas da época do início do Carnaval de Torres, que tenta equilibrar uma bandeja de vinho, enquanto Álvaro de Brito tenta acender as velas do “Bolo Penico”. Os pés da mesa onde ambos se debruçam representam os dois pilares do Carnaval de Torres Vedras no passado – a Associação de Educação Física e Desportiva de Torres Vedras e o Lar de São José. Junto a um dos pés da mesa encontra-se a figura da presidente da Câmara Municipal, Laura Rodrigues, que se prepara para entregar as chaves da Cidade, dividida e baralhada, por não saber se a entrega aos atuais reis do Carnaval de Torres Vedras ou aos antigos.

Esse mesmo espaço, por debaixo da mesa, serve para a passagem de documentários (vídeos e fotografias), em que são lembrados alguns nomes ligados à história do Carnaval de Torres Vedras, como os já referidos Álvaro André de Brito e Jaime Alves, para além de Leonel Trindade, Edmundo Carnide, António Carneiro, Renato Valente, Luís Brandão de Melo, José Ramos, Kropotkine Vicente dos Santos, Carlos Cunha, José de Bastos e António Hipólito.

Na zona esquerda do Monumento deste ano ao Carnaval de Torres Vedras são homenageados, junto a um cavalo alado ainda em construção, os mestres e artesãos do evento, explicando-se a evolução das técnicas e materiais utilizados pelos mesmos.

Na traseira de todo o complexo cenário estão representadas coletividades e locais associados ao passado e presente do Carnaval de Torres Vedras, e sobretudo à diversão noturna que acontece durante o evento: o Operário, o Grémio, a Tuna, a Física, a discoteca O Túnel e a Caravela, com o seu famoso Cup.

O Monumento deste ano ao Carnaval de Torres Vedras remete para um espetáculo que tem como apresentadores Cristina Ferreira e Manuel Luís Goucha. Num dos números desse espetáculo, já um clássico, António Costa monta o Zé Povinho amestrado, e com a cenoura dos 125 euros fá-lo andar mais uns metros. Toda uma plateia assiste ao espetáculo, a qual conta com alguns convidados especiais, de entre os quais: o secretário de Estado da Administração Local, o torriense Carlos Miguel, que está na eventualidade de ser atacado à traição por André Ventura; o padre Vítor Melícias, que reza para que tudo corra bem; Susana Félix, também torriense, pequena em altura, mas enorme em talento; e Marcelo Rebelo de Sousa, que faz algo que só ele consegue – estar a fazer acrobacias no alto e estar a admirar toda a festa no camarote.

Toda esta loucura carnavalesca é jornalisticamente coberta pelos barulhentos repórteres papagaios da Radio Oeste e da Onfm, que disputam o mesmo poleiro/microfone.É este cenário que se constitui como o prelúdio de mais uma edição do Carnaval de Torres Vedras, evento que este ano se realiza entre os próximos dias 17 e 22 de fevereiro. Em Torres Vedras a festa está a começar…